domingo, 12 de dezembro de 2010

Incidente mais grave que Chernobyl pode ter acontecido !

O jornal ucraniano Segodnya afirma que um grupo de ambientalistas descobriu uma área no país onde os níveis de radiação são ainda maiores do que em Chernobyl.



A área é localizada na região de Dnepropetrovsk, perto de uma mina de urânio abandonada.


Segundo Oleksiy Vedmidsky, um ecologista local, a mina é um perigo para as pessoas que passam pela região. Ele levou ao local um medidor de radiação que indicou 2611 micro Roentgen por hora – para você ter uma idéia, a zona de Chernobyl não passa de mais de 600.


Os números alarmantes levantaram a suspeita – um incidente similar à Chernobyl poderia ter ocorrido e sido ocultado?


As autoridades locais desmentiram o boato, mas os ambientalistas afirmam que há 7 milhões de toneladas de material radioativo enterradas no local. A radiação pode até não matar ninguém instantaneamente, mas a exposição a longo prazo pode causar efeitos colaterais muito graves.


Fonte: Revista HypeScience

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Misturando todos os elementos da Tabela Periódica





Você já se perguntou, em meio a divagações nas aulas de química, o que aconteceria se todos os elementos da tabela periódica fossem misturados? Nós temos a resposta!
Os cientistas acreditam que o resultado seria um “glúon de plasma” (o que os cientistas acreditam que saiu do Big Bang), ou plutônio em chamas. Então não tente isso em casa – e, por sorte, ninguém pode tentar. Segundo químicos teóricos uma experiência dela necessitaria de 118 instalações como as do LHC, o acelerador de partículas.
Além disso, o resultado da mistureba provavelmente desapareceria instantes após ter sido criado.
Isso é tão difícil de ser previsto porque a natureza reativa dos elementos é imprevisível. Coisas diferentes poderiam acontecer se um elemento A entrasse em contato com o elemento B antes que o C, ou se o A encontrasse o C primeiro, por exemplo.
Uma coisa é certa no entanto – o resultado não seria bonito. Se o resultado fosse plutônio em chamas, o simples fato de você inalar a fumaça dele causa morte instantânea. Depois disso, tudo se transformaria em plasma inativo

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mais resistente que o Kevlar ..


Essa proteína, mais resistente até do que metais, poderia ser usada para construir armaduras corporais. Além disso, a armadura poderia ser feita a partir de impressoras 3D.
O novo material foi criado por cientistas israelenses, daUniversidade de Tel-Aviv  – ele é transparente, constituído de nanoesferas e é mais resistente do que o Kevlar. As nanoesferas são similares a um tipo de proteínas, encontradas nos cérebros de pessoas que sofrem de Alzheimer, mas reforçadas com uma camada protetora adicional, que as torna muito fortes.
E, além de resistentes, elas são minúsculas – seu tamanho varia entre 30 nanômetros e 2 microns (para você ter uma idéia, o cabelo humano mede 80 microns de largura). Nos testes, apenas superfícies com ponta de diamante foram capazes de fazer um arranhão no material.
O material, por ser tão fino e resistente, será testado como armadura corporal, e, segundo os pesquisadores, é possível usar uma impressora 3D para fazer uma armadura especial para cada usuário. Mas ainda há outras aplicações: implantes médicos ou aumentar a resistência de vidros e cerâmicas. Os cientistas acreditam que a descoberta pode impactar também novas tecnologias, como um elevador espacial.

domingo, 17 de outubro de 2010

A Colher que Some !!

O físico Sam Kean, batizou o seu livro sobre a tabela periódica de ´A colher que some´ [The Disappearing Spoon: And Other True Tales of Madness, Love, and the History of the World from the Periodic Table of the Elements], por causa de uma brincadeira que pode ser feita com o elemento gálio.
O metal gálio possui um ponto de fusão relativamente baixo, em torno de 29 oC, e pode tornar-se líquido até com o calor da mão. Então, uma colher feita com gálio poderia ´sumir´ quando colocada em uma xícara de chá quente. Na verdade ocorreria uma fusão do metal, resultando no metal líquido no fundo da xícara, inutilizando a bebida.
Outras formas de obter uma colher que possa ficar líquida em água quente é optar por ligas com baixo ponto de fusão, como por exemplo:
Liga Fields, com 32,5% (em peso) de bismuto, 51% índio e 16,5% de estanho, com ponto de fusão de 62 oC.
- Liga Woods, com 50% bismuto, 26,7% chumbo, 13,3% estanho, e 10% cádmio (em peso), com ponto de fusão de 70 
oC.
- Liga Rose 50% bismuto, 25–28% chumbo and 22–25% estanho, com ponto de fusão de 100 °C.
O problema com estas alternativas é que elas ou são caras ou são tóxicas. A presença de chumbo torna a liga tóxica e indesejável para uma brincadeira, e se for utilizar índio ou gálio teremos o problema do preço, pois estes elementos são caros.

CLIQUE AQUI  e veja o vídeo !

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

VAPOR METÁLICO RESSALTA BELEZA EM SP

Em setembro, lâmpadas de vapor metálico passaram a ser usadas na iluminação pública da cidade de São Paulo com uma finalidade bastante especial: valorizar prédios e construções históricas da cidade, sem distorcer as cores. Mais de cem lâmpadas deste tipo já iluminam a região do Teatro Municipal, Viaduto do Chá, Praça Ramos de Azevedo e locais próximos, substituindo as antigas, de vapor de sódio, que davam aparência amarelada à paisagem noturna.

De acordo com o gerente de produto 
da OSRAM no Brasil, Ronald Leptich, a lâmpada de vapor metálico se diferencia da que utiliza vapor de mercúrio devido à presença de iodetos metálicos no interior do tubo de descarga. Daí a possibilidade de variação da coloração da lâmpada. Ela também é mais eficiente, já que conta com um revestimento de alumínio nas extremidades do tubo de descarga que reflete o calor gerado pela descarga para os eletrodos impedindo, assim, a condensação dos iodetos no interior do tubo, o que aumenta sua vida útil.
 
Leptich explica que esse tipo de lâmpada deve operar com um reator, que produz picos de alta tensão de até 5.000 V para a ignição. “Porém, há outras versões que dispõem de eletrodo auxiliar, assim como a lâmpada a vapor de mercúrio. Dessa forma, a geração de pulsos de alta tensão é desnecessária”.
 
O gerente da Osram - empresa registrada no CRQ-IV desde 1967 - informa que hoje a lâmpada de vapor metálico é uma das soluções mais versáteis do mercado de iluminação, já que pode ser utilizada em lojas,  indústrias, estádios de futebol e até mesmo para fins residenciais.
 
Esta tecnologia, acrescenta, está disponível em potências de 10W até 1.800W e seu rendimento gira em torno de 100 lm/W, oferecendo o dobro de eficiência em relação às lâmpadas de mercúrio.
 
Quando utilizadas em sistemas de segurança, oferecem diferenciais importantes como a proteção das cores capturadas pelas câmeras. Além disso, proporcionam mais luz e menor consumo de energia elétrica quando comparadas a outros tipos de lâmpadas mais comumente utilizadas, como as mistas e halógenas.

LAMPADAS COM NOVA ILUMINAÇÃO - VIADUTO DO CHA
LAMPADAS COM VAPOR DE SÓDIO - VIADUTO DO CHÁ

REFERENCIAS:

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Porque a cerveja congela se pegarmos no meio da garrafa?

É pura química. Afinal de contas, ninguém mandou agitar moléculas com essa sua mão boba
por Camila Monroe


A cerveja está lá, paradinha no freezer. Na pressa, você pega a garrafa de qualquer jeito, se esquecendo daquela aula de química em que o professor disse que, ao serem estimuladas por fatores como calor ou movimento, as moléculas de uma substância reagem. No caso da cerveja, elas reagem muito mal, passando de líquidas para sólidas, agitadas pela proximidade da mão de quem vai servir (ver quadro Exame do toque).

Claro, as garrafas de cerveja não são as únicas sujeitas ao congelamento instantâneo. Acontece que, diferentemente de sucos, refrigerantes ou mesmo latinhas de cerveja, elas costumam ser armazenadas em lugares que marcam menos de 0º - é essa exigência por uma loira tão gelada que a deixa sempre a perigo. Mas calma: não precisa começar a beber cerveja quente. É só lembrar de pegar a garrafa sempre pelo gargalo.

Entenda a pegada que congela a cerveja

1. Abaixo de zero
Se a cerveja é feita basicamente de água, deveria congelar em uma temperatura negativa, não? Ou aquele -5º do freezer do bar é só decoração? Calma, não estão enganando você. Acontece que, por ficarem paradinhas dentro da garrafa, as moléculas "esquecem" de virar cristais de gelo. Aí vem a sua mão quentinha para lembrá-las.

2. Mão boba
Quando você encosta na garrafa, sua mão esquenta o vidro, o que não é nada bom. Há duas opções melhores: pegar pelo gargalo, onde não há contato com o líquido, ou pela parte de baixo, onde o vidro mais grosso funciona como isolante, dificultando o congelamento.

3. Estupidamente gelada
O gás carbônico presente na cerveja se solta das paredes da garrafa, causando uma agitação interna. Um único cristal se forma, e vai dando origem a muitos outros, que originam outros... que transformarão toda a água em gelo. A saideira?

Fontes Luciano Horn, gerente corporativo de desenvolvimento de cerveja da AmBev, a Companhia de Bebidas das Américas.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Excesso de magnésio na água reduz QI infantil, diz estudo



Uma concentração elevada de magnésio na água potável reduz o coeficiente intelectual (conhecido como QI) das crianças, revela estudo sobre este elemento químico, realizado por cientistas canadenses e publicado na edição desta segunda-feira da revista científica "Environmental Health Perspectives".

Uma equipe de cientistas chefiada por Maryse Bouchard, do Centro de Pesquisas Interdisciplinar sobre Biologia, Saúde e Meio Ambiente (CINBIOSE), da Universidade de Quebec, em Montreal, fez este estudo com 362 crianças da província, com idades entre 6 e 13 anos.

Os cientistas mediram a quantidade de magnésio na água corrente de suas casas, e através de uma entrevista estimou-se a quantidade de água ingerida.

Paralelamente, cada criança foi submetida a testes sobre suas capacidades cognitivas, motoras e comportamento.

Segundo Bouchard, "uma redução muito significativa do coeficiente intelectual das crianças foi observada, vinculada à presença de magnésio na água potável".

Assim, 20% das crianças em cujas casas a água apresentou níveis maiores de magnésio mostraram um coeficiente intelectual 6 pontos abaixo daquele de crianças que não consumiram água com magnésio.

Estas análises levaram em conta fatores como renda familiar, inteligência materna, nível educacional materno, bem como a presença de outros metais na água.

Alguns municípios estudados já instalaram filtros que retêm o magnésio.

Os pesquisadores propõem, ainda, que se estabeleçam normas nacionais e internacionais que limitem a presença do magnésio na água potável.

Fonte: Folha Online

domingo, 19 de setembro de 2010

Separação óleo e água ! amigável ?


Pesquisadores mineiros desenvolvem método de separação óleo e da água com ajuda da nanotecnologia e, de quebra, conseguem reaproveitar resíduo tóxico gerado pelo processamento industrial do alumínio.



Extrair petróleo do subsolo impõe muitos desafios para as empresas que se lançam nessa empreitada. Não bastassem as dificuldades para perfurar o solo em busca do óleo, é necessário separá-lo da água com a qual ele está frequentemente misturado nos poços subterrâneos. Sem essa separação, o petróleo não pode ser refinado e aproveitado na fabricação de combustível e outros derivados.

Atualmente, a solução usada para separar óleo e água é o uso de desemulsificantes – aditivos químicos responsáveis pela quebra de emulsões (termo que os químicos usam para se referir à mistura de dois líquidos como o óleo e a água). No entanto, essa é uma estratégia de alcance limitado, pois resíduos dos desemulsificantes permanecem junto do petróleo após a separação e comprometem sua qualidade.

Os pesquisadores mineiros desenvolveram um material em escala nanométrica para separar óleo e água“Para a produção de derivados, o petróleo não pode estar contaminado com desemulsificantes. Por isso é preciso um tratamento secundário para a retirada dessa substância e para encaminhamento para as refinarias. Esse processo gasta energia, tempo e dinheiro”, explica a química Aline Almeida da Silva Oliveira, aluna de doutorado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e integrante de um grupo de pesquisa que propôs um método para otimizar esse processo.

Lama vermelha e nanotecnologia

Para separar óleo e água, os pesquisadores mineiros desenvolveram um material em escala nanométrica chamado por eles de nano-amphil, usado como desemulsificante. A técnica recorre ainda aos princípios do magnetismo para separar óleo e água. Ao tornar o material magnético, o grupo tornou possível que um campo magnético pudesse removê-lo em seguida.

Para isso, a equipe teve a ideia de usar resíduos de bauxita resultantes do processamento industrial do alumínio – um material tóxico conhecido como lama vermelha. “Após a secagem da lama vermelha, é feita uma reação desse rejeito com etanol que ajuda a tornar o material magnético”, diz Oliveira. A quebra da emulsão acontece em um reator desenvolvido pelo grupo, no qual um campo magnético entra em ação e promove a separação.

O processo todo leva cerca de dois minutos e não depende da temperatura para funcionar. “Isso representa um ganho de tempo considerável no processo produtivo do petróleo, já que a desemulsificação pelo método tradicional leva mais tempo e necessita de temperaturas próximas de 75°C”, compara a química, que ajudou na pesquisa, produção, caracterização e aplicação dos materiais utilizados na pesquisa.

Ainda não havia sido encontrada uma forma de se reaproveitar a lama vermelhaAlém do ganho de tempo, os benefícios ambientais são outra vantagem do novo método. “A lama vermelha é um rejeito que causa grandes impactos ambientais, por conta de seu pH básico e da presença de óxidos metálicos que contaminam rios, peixes e águas subterrâneas”, explica Aline.

Até agora, ainda não havia sido encontrada uma forma de se reaproveitar esse rejeito, que costumava ser direcionado a locais específicos para a disposição desse rejeito, que é produzido em grandes quantidades. “Estima-se que, para cada tonelada de alumina produzida, pelo menos uma tonelada de lama vermelha seja gerada”, conta Oliveira.

A química afirma ainda que a técnica também poderá ser útil a indústrias de biodiesel, óleos vegetais e transportes. “Qualquer empresa que dependa de desemulsificantes poderá se beneficiar com essa técnica”, garante.

Reconhecimento

O trabalho de pesquisa, que começou em 2005, e já rendeu três patentes segue colhendo bons resultados. O grupo da UFMG, liderado pelo Aluir Dias Purceno, conquistou prêmio do Idea to Product Latin America 2010 realizada pela Fundação Getúlio Vargas, com pesquisadores de universidades da América Latina para incentivar inovações tecnológicas.

A vitória garante o passaporte para a versão mundial da competição, realizada pela Universidade do Texas (EUA), e que deverá reunir grupos de universidades de todo o mundo na disputa pelo prêmio de melhor projeto de inovação tecnológica, em novembro deste ano.


Debora Antunes

Ciência Hoje On-line

Cientistas criam tecido que é borrifado no corpo como um aerossol

Um tecido que pode ser borrifado na pele ou em outras superfícies para fazer roupas, curativos médicos e até cortinas e estofados foi apresentado nesta quinta-feira.


Clique aqui para ver vídeo sobre a invenção

O material, desenvolvido por um acadêmico e estilista espanhol, Manel Torres, em parceria com Paul Luckan, especialista em tecnologia de partículas do Imperial College London, foi batizado de Fabrican Spray-on.
Uma vez aplicado na pele com tecnologia aerossol, ele seca instantaneamente, não forma costuras, pode ser lavado e vestido novamente.


O tecido é composto de fibras pequenas, substâncias conhecidas como polímeros --fazem com que as fibras se unam-- e um solvente que permite que ele seja aplicado em forma líquida.

Após a aplicação, que pode ser feita com lata de aerossol ou um spray de alta pressão, o solvente se evapora.

A textura pode ser alterada de acordo com o tipo de fibra usada (lã, linho ou acrílico) e dependendo da forma de aplicação.

MATERIAL FUTURÍSTICO

"Quando comecei este projeto, queria criar um material futurístico, sem costuras, rápido e confortável", disse Torres. "Na minha busca por produzir este tipo de tecido, terminei voltando aos princípios de tecidos mais antigos como o feltro, que também é produzido a partir de fibras e um modo de uni-las sem costurá-las ou tecê-las."

"Como artista, passei meu tempo sonhando com criações únicas, mas como cientista, tenho que me focar em fazer coisas reproduzíveis. Quero mostrar como a ciência e a tecnologia podem ajudar estilistas a criar novos materiais." A moda, no entanto, é apenas um dos usos para a tecnologia.

Torres criou uma empresa, a Fabrican Ltda, com o professor Luckham, para explorar outras aplicações, como bandagens médicas, lenços umedecidos, perfumadores de ar e estofados para móveis e carros.

"A aplicação do tecido borrifado na moda é uma excelente forma de anunciar o conceito, mas também queremos trabalhar com novas aplicações nas indústrias médica, de transporte e química", disse Luckham.

"Por exemplo, o tecido pode ser produzido e mantido em uma lata de aerossol esterilizada, que poderia ser perfeita para fazer curativos borrifados sem aplicar nenhuma pressão, no caso de queimaduras, ou para aplicar remédios diretamente sobre um ferimento", completou.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/bbc/800281-cientistas-criam-tecido-que-e-borrifado-no-corpo-como-um-aerossol.shtml

sábado, 18 de setembro de 2010

Chemicalize.org - busca de química

O Chemicalize.org é uma máquina de procura de informações especializada em química.

Para realizar a procura basta escrever o nome da molécula (em inglês).

Vejamos um exemplo:
O naftaleno (naphthalene). No exato momento em que você termina de digitar o nome, o sistema já apresenta a estrutura logo baixo.

Basta então clicar no botão ´Chemicalize´ e você terá acesso a um extenso número de informações sobre o composto. (clique em open all para ver todas informações)

http://www.chemicalize.org/?mol=naphthalene
 
Ao inserir um link de uma página da internet no campo de buscas, o Chemicalize.org revela os nomes das substâncias em destaque, com exibição das estruturas das moléculas ao passar o mouse sobre.
Um teste feito com a página http://en.wikipedia.org/wiki/Ester, resulta em http://www.chemicalize.org/?q=http://en.wikipedia.org/wiki/Ester

Se você não lembra ao certo o nome da molécula em inglês, basta clicar em ´Draw Structure´ e então desenhar a estrutura para que o sistema faça a busca das informações do composto representado.

Veja em

http://www.chemicalize.org/

Água Pesada ! D2O

O óxido de deutério, que é também chamado de água pesada ou água deuterada, é uma molécula que contém dois átomos de deutério e um de oxigênio (D2O), em uma forma muito semelhante à da água (H2O).
Na água pesada o deutério é um isótopo do hidrogênio, e possui um nêutron e um próton em seu núcleo. Sendo que o hidrogênio contém um núcleo com apenas um próton. E os dois apresentam um elétron.
Este nêutron nêutron a mais no deutério resulta em um diferença no comportamento das moléculas de água pesada, se comparadas à água ´comum´.

Para uma comparação entre D2O e H2O, a equipe do Periodic Videos fez gelo com a água pesada e a água normal, e verificou se o gelo feito com água pesada flutuaria ou não em água comum.

Veja o resultado desta experiência e mais informações no vídeo abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=hUVzb0fzHsk&feature=player_embedded

Fonte:
http://www.emsintese.com.br/2010/agua-pesada/

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Identificando Cocaína com recursos eletrolíticos

Uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP resultou em um método preliminar para identificar cocaína. A técnica utiliza recursos eletroquímicos e será útil na área de perícia policial. “O objetivo é oferecer uma metodologia mais específica para o teste preliminar de cocaína apreendida pela polícia, já que o teste atual é colorimétrico e oferece uma grande gama de resultados falso positivos”, diz a química Natália Biziak de Figueiredo, autora do trabalho.


Natália explica que o teste colorimétrico usa uma solução da substância química tiocianato de cobalto, a qual, ao reagir com a cocaína, a torna azul. O problema desse método é que ele também torna outras substâncias azuis, como a procaína, a heroína e a lidocaína, comumente utilizadas na composição da cocaína como adulterantes.

Desse modo, a pesquisa de Natália procurou providenciar uma forma mais eficaz de distinguir a cocaína de outras substâncias. Orientada pelo professor Marcelo Firmino de Oliveira, do Departamento de Química da FFCLRP, Natália criou, em sua dissertação de mestrado, dois eletrodos que funcionam em uma célula eletroquímica. Nela se mede o potencial elétrico para uma certa substância química. “Uma das vantagens desse método é que cada substância gera um potencial específico, facilitando a distinção da cocaína”, comenta.
 Além disso, a medição do potencial independe da quantidade de cocaína e de outras substâncias que estejam misturadas com ela. “No método colorimétrico, muitas vezes não se consegue prender quem mistura a cocaína com outros materiais, como a própria farinha de trigo. Há casos em que o amido mascara a droga e se tiver pouca cocaína, o amido pode camuflá-la”, diz a pesquisadora.

Vantagens

Natália também destaca que o método criado no estudo se mostrou tão eficiente quanto a técnica mais avançada utilizada pela polícia, a cromatografia líquida. Esta técnica é usada em testes finais e envolve uma série de etapas de preparação da amostra.

De acordo com a química, o problema deste processo é que ele é complexo e caro, pois exige grandes volumes de solventes. “A cromatografia pode chegar a usar 4 litros (L), enquanto o método eletroquímico usa em torno de 4ml (mililitros)”, e acrescenta: “A técnica eletroquímica é de mais baixo custo, já que utiliza menos solventes, é mais simples de ser executada e obtém o resultado de forma mais rápida, chegando a ser 5 vezes mais rápido que a cromatografia líquida”.
 Apesar de sua eficiência, o método ainda não está completo, pois ainda é preciso realizar mais testes de validação com a nova técnica. “Serão necessários mais estudos para ver se outros fatores como temperatura e pH [medida química que indica se uma solução é ácida, neutra ou básica] interferem nos resultados. A ideia é que seja usado futuramente pela polícia científica”, relata Natália.

 Célula eletroquímica

 Para o funcionamento do método, são usados três eletrodos, um solvente para diluir a cocaína ou outra substância em estudo (como a lidocaína e a procaína) e uma célula eletroquímica. Dos três eletrodos, um interage diretamente com a cocaína e os outros dois completam o circuito da célula eletroquímica. Houve a composição de dois eletrodos que trabalham com a droga, sendo um deles recoberto por um filme de hexacianoferrato de cobalto e o outro, modificado com um Salcn de níquel. Tudo no final é ligado a um equipamento que mede o potencial elétrico na qual a corrente é gerada.
 Na célula, a cocaína sofre uma reação eletroquímica com o eletrodo de trabalho, gerando uma corrente elétrica. Essa corrente é medida pelo aparelho, que identifica o potencial elétrico da cocaína e de outras substâncias que participaram da reação.

Retirado de :
http://www.usp.br/agen/?p=31459

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Plástico Vegetal

Um plástico biodegradável feito a partir do caroço da manga mostrou em testes de laboratório ter potencial para ser empregado em finas membranas utilizadas em processos para purificação de água, tratamento de efluentes, sessões de hemodiálise e na liberação controlada de fármacos. A pesquisa que deu origem ao novo material foi conduzida por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, e da Universidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. O caroço é a camada dura externa da semente da manga, composta principalmente de fibras, que recobre o embrião. Celulose, hemicelulose e lignina, componentes que formam as paredes celulares das plantas, são encontradas em grande quantidade nessa porção da fruta. “No processo que desenvolvemos, extraímos a celulose do caroço da manga e, a partir dela, produzimos o acetato para fabricação dos plásticos usados nas membranas”, diz o professor Guimes Rodrigues Filho, coordenador do projeto desenvolvido no Laboratório de Reciclagem de Polímeros do Instituto de Química da UFU.

A ideia de aproveitar essa parte desprezada da fruta surgiu quando os pesquisadores constataram que pelo menos 2 mil toneladas de caroços de manga são descartadas a cada safra pela indústria de sucos só na região do Triângulo Mineiro. Como no Brasil a produção de manga atinge cerca de 1,3 milhão de toneladas por ano – utilizadas principalmente como suco –, a quantidade desse resíduo que sobra fica, na média, em torno de 480 mil toneladas por ano. “As sementes correspondem a algo entre 30% e 45% do peso da manga, dependendo da variedade”, diz Rodrigues Filho. Essa montanha de resíduos normalmente tem como destino final a queima ou o descarte no lixo. Além do caroço da manga, os pesquisadores já produziram acetato de celulose a partir de jornais, bagaço da cana-de-açúcar e agora estão trabalhando com a palha de milho. As membranas usadas atualmente nos processos de filtragem são fabricadas, de modo geral, a partir da celulose obtida da polpa de madeira.

Peneira molecular - Em um artigo publicado em maio na revista científica Carbohydrate Polymers os pesquisadores compararam o desempenho de membranas de acetato de celulose feitas com jornais e com caroços de manga da variedade Tommy Atkins – de coloração avermelhada, polpa doce e bastante resistente – em processos de tratamento e purificação de água chamados de osmose reversa. Nesses processos, a água é separada de seus contaminantes – como sólidos dissolvidos, sólidos suspensos, bactérias e matéria orgânica – por meio de uma membrana semipermeável. Essa membrana se comporta como uma peneira molecular, rejeitando seletivamente quase todas as moléculas dissolvidas e permitindo somente a passagem da água pura.

Como são muitas as aplicações para esse material filtrante, antes de produzir as películas é preciso saber em que tipo de aplicação elas serão usadas. “A porosidade depende do fluxo maior ou menor de líquidos que irão receber”, diz o coordenador do projeto. O controle dos poros é feito com a adição de alguns sais na mistura, como o perclorato de magnésio. Essa substância funciona como um agente indutor na formação de poros na pele da membrana, auxiliando nos processos de filtração. Na avaliação estrutural realizada com o microscópio eletrônico de varredura tanto a membrana feita a partir do caroço da manga como a de jornal apresentaram basicamente o mesmo padrão. No entanto, a subestrutura porosa é mais densa nas películas de acetato de celulose obtidas do caroço da fruta, em função da maior massa molecular do material, resultando em melhor desempenho. “Mesmo quando submetida à pressão em processos de separação, a membrana não se rompeu”, diz Guimes.

Os pesquisadores testaram, além de diversos materiais, vários processos para produzir as membranas de acetato de celulose. Um dos métodos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa está em processo de patenteamento no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A empresa Órbita, do Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras da universidade mineira, será a responsável por parcerias com outras empresas e pela transferência de tecnologia.

Embalagens biodegradáveis - A companhia foi criada pelos pesquisadores para poder participar no desenvolvimento de um projeto aprovado em 2008 por meio de um convênio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que teve como base também a utilização do caroço de manga misturado ao bagaço de cana para produção de tubetes biodegradáveis – embalagens onde são colocadas as mudas de plantas cultivadas em viveiros.

Os pesquisadores trabalham agora na formulação final para moldagem dos tubetes. Além disso, fazem estudos de biodegradação do material na Universidade de Caxias do Sul. Os recipientes encontrados no mercado, feitos de produtos derivados do petróleo como PVC e polipropileno, levam cerca de 150 anos para se decompor na natureza. Foi a partir dos resultados obtidos nesse projeto que os pesquisadores decidiram usar os mesmos resíduos vegetais para a produção de membranas, uma linha de pesquisa que já era conduzida no laboratório da universidade mineira desde 1996. Mas em vez de usar uma base composta da mistura da celulose obtida do caroço de manga e da cana, eles trabalharam com cada resíduo separadamente e agregaram outros materiais, como jornais.


Retirado de: Revista Fapesp http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=4211&bd=1&pg=1&lg=
> Artigo científico


Meireles, C.S.; Rodrigues Filho, G. et al. Characterization of asymmetric membranes of cellulose acetate from biomass: Newspaper and mango seed. Carbohydrate Polymers. v. 80, n. 3, p. 954-61. mai. 2010.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Acelerador acha pistas do Bóson de Higgs ou a "partícula de Deus"


O Fermi National Accelerator Laboratory, em Illinois, Estados Unidos, estreitou as buscas pelo bóson de Higgs, a chamada Partícula de Deus.


O laboratório utilizou dados de seu acelerador de partículas Tevatron para aumentar a sensibilidade das buscas.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Etanol do Trigo ?

O trigo é um alimento milenar, largamente utilizado na alimentação ocidental há milhares de anos, mas ainda estão descobrindo novas utilidades para ele. Nessa era de busca por alternativas para combustíveis, qual não foi a surpresa de um instituto de biotecnologia de Kalundborg, Dinamarca, quando eles conseguiram fabricar etanol a partir da palha do trigo!

A produção desse novo tipo de etanol já passou da fase de testes, e a empresa dinamarquesa quer montar uma refinaria exclusivamente dedicada à produção do “Etanol de biomassa”. A grande vantagem da produção de Etanol a partir da palha de trigo é que não é necessário haver combustíveis fósseis (sim, geralmente a matéria-prima para o Etanol é a cana-de-açúcar, carro-chefe da produção brasileira, por exemplo, mas é preciso haver combustíveis fósseis durante a produção) no processo. A celulose do trigo, encontrada na molécula interna chamada Lignina, é o local de onde se extrai o etanol.

Para fornecer energia à própria refinaria, a empresa deu outra grande jogada de sustentabilidade: vão utilizar o vapor rejeitado da Asnaes, maior usina energética da Dinamarca, para colocar a sua própria em funcionamento. Essa “parceria” entre as duas usinas vai permitir com que se produza energia elétrica e combustível de etanol ao mesmo tempo, e de maneira limpa, já que os rejeitos poluentes de uma são usados como combustível para a outra. Nem todos os rejeitos poluentes serão utilizados, mas os especialistas falam em no mínimo 70% do aproveitamento desse material. Assim, será uma usina “quase neutra”, ambientalmente falando.

Dessa forma, o Etanol produzido poderá ser um eficiente substituto para a gasolina, que é mais poluente e está se tornando a cada dia mais cara, escassa e disputada. Além disso, a produção deixa Lignina (a fibra do trigo) sólida, que também é um combustível e pode substituir o carvão mineral, que tem as mesmas desvantagens de qualquer combustível fóssil.

Atualmente, essa refinaria dinamarquesa é a única em funcionamento no mundo usando a celulose (e sua produção é de 5,2 milhões de litros anuais – pouco perto do que se produz de outras fontes energéticas), mas três usinas nos Estados Unidos já fazem planos para adotar o mesmo método. Ao que parece, a crise energética que os ambientalistas previram, se existir, será amenizada


Retirado de Hypescience.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Salsicha .. Tem besouro e fumaça em pó ! Eca

 
COMPOSIÇÃO: carne mecanicamente separada de ave, pele e miúdos suínos (fígado, rins, coração), carne suína, gordura de ave, água, proteína texturizada de soja, amido (máx. 2%), sal, açúcar, alho. Estabilizante tripolifosfato de sódio, aroma de fumaça, glutamato monossódico, conservante nitrito de sódio, antioxidante eritorbato de sódio, corantes urucum e carmim de cochonilha.






Carne mecanicamente separada
No início, é o frango. Depois que a desossa manual tira o peito, a coxa e a sobrecoxa, o que sobrou vai para a prensagem mecânica. Ali é extraída a carne dentre os ossos, que sai da peneira em forma de pasta. Sem esse processo, boa parte da carne iria para o lixo. É nojento – e mais barato.

Pele e miúdos suínos
Se só tivesse carne, a salsicha seria dura e cara. A pele de porco cozida é fonte de proteína de gordura e de colágeno (uma gelatina que deixa a mistura macia). O coração dá cor à massa, já que é rico em mioglobina (o pigmento vermelho da carne). Já os outros componentes (fígado e rins) não têm função certa: servem mesmo para encher lingüiça, ou melhor, salsicha.

Água, proteína de soja e amido
Uma invenção brasileira. Para substituir parte da gordura, as indústrias nacionais usam água. Para reter essa água, é preciso adicionar proteína de soja e amido (fécula de mandioca). Essa soma reduz a quantidade de gordura – enquanto as salsichas estrangeiras têm até 30% de gordura, as nacionais levam de 20% a 22%.

Tripolifosfato de sódio
Coadjuvante do sal, ajuda a manter a gordura misturada à massa. A salsicha poderia passar sem o tripolifosfato: ele é prescindível do ponto de vista tecnológico e tem muito sódio – um problema para hipertensos. Por isso, é evitado na Alemanha e na Suíça.

Aroma de fumaça
É como comer fumaça em pó. A fábrica destila a fumaça na água, filtra as impurezas e seca a solução. O pó restante é acrescentado à massa, dando aquele sabor de defumado à lingüiça.

Corante de urucum
Usado como maquiagem por índios brasileiros, o urucum dá a cor da capa da salsicha. O Brasil usa urucum na salsicha porque, aqui, ela só vende se for colorida. Mas a lei proíbe urucum na parte interna – que poderia mascarar uma possível falta de carne.

Carmim de cochonilha (INS 120) (Besouro triturado)
Parece piada, mas esse corante é extraído da fêmea do Dactylopius coccus, um besouro que não mede mais de 5 milímetros. Secado ao sol e depois triturado, o besouro vira um corante vermelho usado em iogurtes, sorvetes, recheios de bolachas. O problema é juntar tantos insetos: para cada quilo do pigmento, vão 150 000 besouros!

Retirado do Blog das Moléculas

Molécula em forma de bola de futebol no espaço ..

Astrônomos detectaram as maiores moléculas já encontradas no espaço em uma nuvem de poeira cósmica ao redor de uma estrela. As moléculas têm a forma de bola de futebol e são formadas por átomos de carbono.

Descobertas há apenas 25 anos em experimentos de laboratório, essas moléculas, chamadas de fulerenos, consistem de 60 (C60) ou 70 (C70) átomos de carbono organizados na forma de uma esfera, alternando hexágonos e pentágonos.



Os fulerenos são uma terceira forma de carbono. As duas primeiras são grafite e diamante.

Devido a sua estabilidade, esperava-se encontrar a molécula em estrelas bem desenvolvidas ricas em carbono. O elemento forneceria a matéria prima para a molécula, e sua estabilidade impediria sua quebra pela radiação interestelar.

Apesar da expectativa, ainda não haviam sido detectados fulerenos no espaço. Agora, um grupo de pesquisas liderado por Jan Cami, da Universidade de Western Ontario, no Canadá, detectou as moléculas usando o telescópio de infravermelho Spitzer da Nasa (agência espacial americana).

Em artigo publicado na revista "Science", Cami e sua equipe descrevem ter identificado a assinatura em infravermelho da molécula.

"[As moléculas] oscilam e vibram de várias maneiras e, ao fazerem isso, interagem com a luz infravermelha em comprimentos de onda bem específicos", disse Cami à "BBC News". Quando o telescópio detectou emissões nesses comprimentos de onda, Cami sabia que o sinal vinha de fulerenos.

Harry Kroto, professor da Universidade Estadual da Flórida e Nobel de física em 1996 pela descoberta dos fulerenos comemorou a descoberta. "Esse avanço entusiasmante fornece provas convincentes de que os fulerenos, como sempre suspeitei, existiram desde tempos imemoriais nos recantos escuros da nossa galáxia.

O sinal originou-se em uma estrela de Ara, no hemisfério celestial sul, a 6.500 anos-luz de distância.


Retirado da Folha Ciência Online

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Aspirina: um velho medicamento com novos usos

A aspirina é uma substância sólida conhecida há mais de 100 anos. Seu nome químico é ácido acetilsalicílico (AAS) e, provavelmente, é o medicamento mais conhecido e mais vendido no mundo. Milhões de pessoas já se utilizaram da aspirina para diminuir dores e baixar a febre. Acontece que, nos últimos trinta anos, muitas pesquisas foram realizadas com a aspirina, tendo sido encontrados novos usos para esta droga centenária.

A história da aspirina começou há cerca de um século, quando o químico alemão Felix Hoffman pesquisava um medicamento para ser usado no tratamento da artrite, doença de seu pai. O objetivo dele era encontrar uma droga para substituir o salicilato de sódio, medicamento usado naquela época, mas que exigia grandes doses diárias e provocava irritação e fortes dores estomacais nos pacientes. Hoffman conseguiu preparar o ácido acetilsalicílico, que veio depois a ser chamado de aspirina. A nova droga tinha as mesmas propriedades do salicilato de sódio, conseguia melhorar a qualidade de vida dos portadores de artrite e gerava menos efeitos colaterais. Hoffman trabalhava na Bayer da Alemanha e seus superiores não aceitaram de imediato substituir o salicilato de sódio pela aspirina. Eles achavam inclusive que o novo medicamento não teria futuro.

Mas não foi o que aconteceu. No caso da artrite, a aspirina tornou-se rapidamente o medicamento mais usado no tratamento dessa doença, que ataca as juntas e o tecido conectivo do corpo humano, e se apresenta sob mais de 100 diferentes formas. A aspirina é o medicamento mais barato para combater este mal, inclusive em suas formas mais comuns: a osteoartrite e a artrite reumatóide.

Nos anos 1970, o cientista britânico John Vane observou que alguns tipos de ferimento eram acompanhados da liberação em nosso corpo de substâncias chamadas de prostaglandinas. Ele também percebeu que dois grupos delas provocavam febre e vermelhidão no local do ferimento (sinais de inflamação). Vane e colaboradores descobriram que a aspirina bloqueava a síntese de prostaglandinas, evitando a formação de plaquetas, que depois se transformavam em coágulos de sangue no corpo humano. Esses coágulos eram responsáveis pelo bloqueio do fluxo de sangue para o coração, resultando no ataque cardíaco. Assim, a aspirina evita a formação de coágulos e, portanto, pode impedir o infarto do miocárdio. A descoberta foi sensacional, uma vez que só nos EUA mais de um milhão de pessoas sofrem ataques cardíacos por ano e quase 50% delas acabam morrendo.

Muitos estudos foram realizados com a aspirina nos últimos 30 anos, envolvendo grupos de pessoas que pertenciam a três categorias: pessoas com doenças cardiovasculares ou cerebrovasculares, pessoas em fase aguda de infarto e pessoas sadias. Nessas pesquisas, o uso da aspirina se mostrou de enorme importância na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. Houve uma sensível diminuição no número de mortes e de infartos nos grupos considerados de risco.

Como a aspirina é um anticoagulante, há muitos trabalhos de pesquisa demonstrando que ela reduz o risco de trombose e de derrame cerebral. Como se sabe, a forma mais comum deste último ocorre quando os vasos sangüíneos que irrigam o cérebro com oxigênio e nutrientes são bloqueados por coágulos.

Alguns trabalhos mais recentes tentam comprovar que a aspirina inibe o crescimento de vários tipos de tumores: endometrial, esofágico, gástrico, pulmonar e colorretal. Há também perspectivas do uso de aspirina para prevenção e tratamento de doenças que atacam o cérebro como é o caso do mal de Alzheimer e de outras enfermidades degenerativas.

A FDA (Food and Drug Administration) dos EUA aprovou, em outubro de 1998, novas orientações para o uso da aspirina em pacientes com problemas reumáticos, cardiovasculares e cerebrovasculares. Ela é recomendada, em doses adequadas, para tratamento de homens e mulheres com isquemia cerebral, derrame cerebral, angina, infarto agudo de miocárdio e doenças reumáticas e vasculares em geral.

É importante observar, no entanto, que a aspirina pode gerar efeitos colaterais indesejáveis. Muitas pessoas não toleram a droga mesmo em baixas doses. A aspirina pode provocar dores estomacais, úlceras gástricas, diarréias, náuseas, sangramentos e hemorragias internas. Seu uso não é recomendado para quem possui problemas gástricos, renais ou biliares. Deve-se evitar também o uso indiscriminado, sem a devida prescrição médica.


Antonio Carlos Massabni
Instituto de Química – Araraquara - UNESP

Grade de Programação Minicursos 2°sem. 2010 (CRQ IV)

Os minicursos são gratuitos. Poderão participar profissionais em situação regular no CRQ-IV, inclusive aqueles que solicitaram e obtiveram a dispensa do pagamento da anuidade. O interessado poderá participar de quantos minicursos desejar.

Serão abertas 40 vagas por evento, tendo participação assegurada aqueles que primeiro reservarem vaga. Recomenda-se que a reserva seja feita logo na abertura das inscrições, pois é comum as vagas se esgotarem rapidamente.

Após o preenchimento das 40 vagas, será aberta uma lista de espera. Se houver desistências, aqueles que estiverem na lista de espera serão contatados por telefone e deverão responder na hora se confirmam ou não a participação.

Os estudantes previamente cadastrados no Conselho também poderão participar. As inscrições recebidas desse público, porém, serão automaticamente colocadas na lista de espera. Serão chamados se houver desistências ou sobras de vagas.

A reserva deverá ser feita exclusivamente pelos telefones indicados na tabela. Não será possível fazer a reserva por e-mail, fax, pessoalmente ou fora dos períodos também indicados na tabela.

Maiores informações e tabela de cursos CLIQUE AQUI

terça-feira, 20 de julho de 2010

FELIZ DIA DO AMIGO !!!!

Nossa amizade é como a ligação covalente,
sempre compartilhando alegrias, tristezas...
Nunca surgirá um radical, porque essa ligação jamais se quebrará!

Sei que em alguns momentos será necessário, ver,
analisar algo errado e balancear a equação,
buscando o equilíbrio químico entre a gente.

O meu coração para você, sempre será uma cadeia aberta,
onde você sempre terá o livre arbítrio
de fazer e decidir o que quiseres,
sem sufoco, cobranças(cadeia fechada).

Em determinadas situações haverá vários intrusos
que vão querer decompor a nossa amizade...
 
Como por exemplo, a Distólise:
Ocorre a decomposição devido a distância.
 
A Pirólise: quando a decomposição ocorre
devido o amigo pirar de tanta saudade...

Mas como a ligação que existe entre nós é de alma,
ponte de hidrogênio, é muito difícil ser quebrada!
 
Não é uma interação fraquinha como a de Vander Walls.
Que a nossa amizade nunca evapore,
mas que sempre estejamos bem unidas, no estado sólido!

Como na reação de síntese ou adição...
pois existe a união de duas pessoas que reagem
e formam um único produto: A amizade!