sexta-feira, 29 de julho de 2011

Matéria x Antimatéria

Um novo estudo sugere que a prevalência intrigante da matéria sobre a antimatéria no universo pode estar relacionada com a distorção bizarra do espaço-tempo, causada pela rotação da nossa galáxia.

A antimatéria é um primo estranho ao material que compõe as galáxias, as estrelas e nós. Para cada partícula de matéria, imagina-se que existe uma partícula de antimatéria, com a mesma massa, mas com a carga oposta. Quando matéria e antimatéria se encontram, elas se aniquilam, convertendo a sua massa em energia e causando uma forte explosão.

Os cientistas não entendem o porquê do universo ser quase completamente feito de matéria. O Big Bang que criou o cosmos há 13,7 bilhões de anos deveria ter produzido partes iguais de matéria e antimatéria, o que teria o aniquilado completamente. Felizmente, isso não aconteceu (por isso ainda estamos aqui).

A que devemos a nossa sorte, os físicos ainda não fazem ideia. Mas um novo estudo leva a rotação da nossa galáxia em consideração e pode apontar um caminho para outras descobertas.

Os pesquisadores calcularam os efeitos da rotação da Via Láctea no espaço-tempo ao seu redor. Segundo a teoria da relatividade, a velocidade e a angulação de um corpo tão grande girando torce o espaço e o tempo a sua volta.

Devido à massa gigantesca da nossa galáxia, esta torção deve ter um impacto sobre o espaço-tempo que é um milhão de vezes mais forte do que a rotação da Terra.

Essas mudanças – em particular a dilatação do tempo – podem afetar o modo como as partículas se quebram. Devido às suas propriedades distintas, partículas de matéria e antimatéria podem reagir de forma diferente à essas alterações e se deteriorar em taxas variadas.

Por algum tempo, os físicos mediram a assimetria entre essas taxas de deteriorização, chamada de violação da paridade das cargas. Mas ninguém ainda tem uma explicação concreta para como essa assimetria se realiza.

Na verdade, os cientistas acreditam que matéria e antimatéria não são assimétricos em sua raiz, mas suas respostas diferentes para as mudanças causadas pela rotação galática dão essa aparência. A violação da paridade das cargas é vista como uma chave para explicar o assunto, porém ela não passa de uma medida insuficiente para traduzir o universo que vemos hoje.

Ao invés de usar a violação para explicar a prevalência da matéria sobre a antimatéria no universo, os pesquisadores acreditam que a distorção do espaço-tempo é que pode resolver o mistério. Para eles, a rotação que deu início à criação do universo também pode ter estendido o espaço-tempo de uma forma que afetou a distribuição total das partículas.

Para confirmar essa última hipótese, alguns testes já estão sendo realizados


Fonte : HypeScience

Novos cristais capazes de identificar bombas químicas e ameaças nucleares

A segurança reforçada em alguns aeroportos é imprescindível, mas os métodos usados para detectar possíveis ameaças tem desagradado muita gente. Eles vão desde análises questionáveis dos corpos das pessoas até apalpações contrangedoras para revistar os usuários.

Mas essas formas de detecção podem ficar no passado. Pesquisadores criaram cristais capazes de identificar bombas químicas, ameaças nucleares e material radioativo. Com os cristais, será possível desenvolver dispositivos mais eficazes e seguros em aeroportos e fronteiras – proporcionando segurança de maneira mais prática e menos embaraçosa.

Os cristais são feitos de iodeto de estrôncio e são “dopados” com európio. Eles podem identificar e analisar a radiação funcionando de forma semelhante à da tomografia computadorizada.

Um grande problema no desenvolvimento desses cristais é o preço, pois para criar os dispositivos é necessária uma grande quantidade de material cristalino, o que não é nem um pouco barato. Para que os pesquisadores pudessem desenvolver o cristal, eles receberam uma bolsa de mais de 1,4 milhões de reais de um instituto de pesquisas de segurança nuclear, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores acreditam que será possível produzir o material a um baixo custo, com futuros ajustes. Ainda não se sabe quando o dispositivo cristalino estará pronto para o uso em aeroportos, mas sem dúvidas eles estarão lá no futuro. Além disso, com a melhora na deteccção de radiação, será possível o uso dos cristais na medicina, fornecendo diagnósticos mais precisos


Fonte: HypeScience

Maior massa de água do universo



Os astrônomos descobriram a maior e mais antiga massa de água já detectada no universo – uma nuvem gigantesca de 12 bilhões de anos, abrigando 140 trilhões de vezes mais água que todos os oceanos da Terra juntos.
A nuvem de vapor de água circunda um buraco negro supermassivo, chamado de quasar, localizado a 12 bilhões de anos-luz da Terra. A descoberta mostra que a água tem sido predominante no universo durante toda a sua existência.
De acordo com os pesquisadores, a luz vista foi emitida por este quasar há mais de 12 bilhões de anos. Isso significa que essa água existiu cerca de 1,6 bilhões de anos após o início do universo, empurrando a detecção da substância um bilhão de anos mais perto do Big Bang.
Quasares são os objetos mais luminosos, poderosos e energéticos do universo. Eles são alimentados por enormes buracos negros que sugam o gás e poeira ao seu redor e expelem enormes quantidades de energia.

O quasar estudado pela equipe abriga um buraco negro 20 bilhões de vezes mais massivo do que o sol, que produz tanta energia quanto um quatrilhão de sóis.

O vapor de água no quasar é distribuído ao redor do buraco negro em uma região que abrange centenas de anos-luz. A nuvem tem uma temperatura de menos 53 graus Celsius e é 300 trilhões de vezes menos densa que a atmosfera da Terra.
Isso parece frio e fino, mas significa que a nuvem é cinco vezes mais quente e de 10 a 100 vezes mais densa do que a maioria das encontradas em galáxias como a Via Láctea.
Os astrônomos usaram dois telescópios diferentes, um no Havaí e um na Califórnia, para detectar e confirmar a existência do vapor de água em torno do quasar.
Os cientistas acreditam que a água estava presente até mesmo no início do universo. Assim, encontrar uma nuvem com essa idade não é nenhuma surpresa.
No entanto, o tamanho da nuvem deixou alguns em estado de choque. O quasar contém quatro mil vezes mais vapor d’água do que Via Láctea. Isso pode ser porque grande parte da água da nossa galáxia está em forma de gelo ao vez de vapor.[LiveScience]

Fonte : HypeScience