terça-feira, 21 de setembro de 2010

Excesso de magnésio na água reduz QI infantil, diz estudo



Uma concentração elevada de magnésio na água potável reduz o coeficiente intelectual (conhecido como QI) das crianças, revela estudo sobre este elemento químico, realizado por cientistas canadenses e publicado na edição desta segunda-feira da revista científica "Environmental Health Perspectives".

Uma equipe de cientistas chefiada por Maryse Bouchard, do Centro de Pesquisas Interdisciplinar sobre Biologia, Saúde e Meio Ambiente (CINBIOSE), da Universidade de Quebec, em Montreal, fez este estudo com 362 crianças da província, com idades entre 6 e 13 anos.

Os cientistas mediram a quantidade de magnésio na água corrente de suas casas, e através de uma entrevista estimou-se a quantidade de água ingerida.

Paralelamente, cada criança foi submetida a testes sobre suas capacidades cognitivas, motoras e comportamento.

Segundo Bouchard, "uma redução muito significativa do coeficiente intelectual das crianças foi observada, vinculada à presença de magnésio na água potável".

Assim, 20% das crianças em cujas casas a água apresentou níveis maiores de magnésio mostraram um coeficiente intelectual 6 pontos abaixo daquele de crianças que não consumiram água com magnésio.

Estas análises levaram em conta fatores como renda familiar, inteligência materna, nível educacional materno, bem como a presença de outros metais na água.

Alguns municípios estudados já instalaram filtros que retêm o magnésio.

Os pesquisadores propõem, ainda, que se estabeleçam normas nacionais e internacionais que limitem a presença do magnésio na água potável.

Fonte: Folha Online

domingo, 19 de setembro de 2010

Separação óleo e água ! amigável ?


Pesquisadores mineiros desenvolvem método de separação óleo e da água com ajuda da nanotecnologia e, de quebra, conseguem reaproveitar resíduo tóxico gerado pelo processamento industrial do alumínio.



Extrair petróleo do subsolo impõe muitos desafios para as empresas que se lançam nessa empreitada. Não bastassem as dificuldades para perfurar o solo em busca do óleo, é necessário separá-lo da água com a qual ele está frequentemente misturado nos poços subterrâneos. Sem essa separação, o petróleo não pode ser refinado e aproveitado na fabricação de combustível e outros derivados.

Atualmente, a solução usada para separar óleo e água é o uso de desemulsificantes – aditivos químicos responsáveis pela quebra de emulsões (termo que os químicos usam para se referir à mistura de dois líquidos como o óleo e a água). No entanto, essa é uma estratégia de alcance limitado, pois resíduos dos desemulsificantes permanecem junto do petróleo após a separação e comprometem sua qualidade.

Os pesquisadores mineiros desenvolveram um material em escala nanométrica para separar óleo e água“Para a produção de derivados, o petróleo não pode estar contaminado com desemulsificantes. Por isso é preciso um tratamento secundário para a retirada dessa substância e para encaminhamento para as refinarias. Esse processo gasta energia, tempo e dinheiro”, explica a química Aline Almeida da Silva Oliveira, aluna de doutorado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e integrante de um grupo de pesquisa que propôs um método para otimizar esse processo.

Lama vermelha e nanotecnologia

Para separar óleo e água, os pesquisadores mineiros desenvolveram um material em escala nanométrica chamado por eles de nano-amphil, usado como desemulsificante. A técnica recorre ainda aos princípios do magnetismo para separar óleo e água. Ao tornar o material magnético, o grupo tornou possível que um campo magnético pudesse removê-lo em seguida.

Para isso, a equipe teve a ideia de usar resíduos de bauxita resultantes do processamento industrial do alumínio – um material tóxico conhecido como lama vermelha. “Após a secagem da lama vermelha, é feita uma reação desse rejeito com etanol que ajuda a tornar o material magnético”, diz Oliveira. A quebra da emulsão acontece em um reator desenvolvido pelo grupo, no qual um campo magnético entra em ação e promove a separação.

O processo todo leva cerca de dois minutos e não depende da temperatura para funcionar. “Isso representa um ganho de tempo considerável no processo produtivo do petróleo, já que a desemulsificação pelo método tradicional leva mais tempo e necessita de temperaturas próximas de 75°C”, compara a química, que ajudou na pesquisa, produção, caracterização e aplicação dos materiais utilizados na pesquisa.

Ainda não havia sido encontrada uma forma de se reaproveitar a lama vermelhaAlém do ganho de tempo, os benefícios ambientais são outra vantagem do novo método. “A lama vermelha é um rejeito que causa grandes impactos ambientais, por conta de seu pH básico e da presença de óxidos metálicos que contaminam rios, peixes e águas subterrâneas”, explica Aline.

Até agora, ainda não havia sido encontrada uma forma de se reaproveitar esse rejeito, que costumava ser direcionado a locais específicos para a disposição desse rejeito, que é produzido em grandes quantidades. “Estima-se que, para cada tonelada de alumina produzida, pelo menos uma tonelada de lama vermelha seja gerada”, conta Oliveira.

A química afirma ainda que a técnica também poderá ser útil a indústrias de biodiesel, óleos vegetais e transportes. “Qualquer empresa que dependa de desemulsificantes poderá se beneficiar com essa técnica”, garante.

Reconhecimento

O trabalho de pesquisa, que começou em 2005, e já rendeu três patentes segue colhendo bons resultados. O grupo da UFMG, liderado pelo Aluir Dias Purceno, conquistou prêmio do Idea to Product Latin America 2010 realizada pela Fundação Getúlio Vargas, com pesquisadores de universidades da América Latina para incentivar inovações tecnológicas.

A vitória garante o passaporte para a versão mundial da competição, realizada pela Universidade do Texas (EUA), e que deverá reunir grupos de universidades de todo o mundo na disputa pelo prêmio de melhor projeto de inovação tecnológica, em novembro deste ano.


Debora Antunes

Ciência Hoje On-line

Cientistas criam tecido que é borrifado no corpo como um aerossol

Um tecido que pode ser borrifado na pele ou em outras superfícies para fazer roupas, curativos médicos e até cortinas e estofados foi apresentado nesta quinta-feira.


Clique aqui para ver vídeo sobre a invenção

O material, desenvolvido por um acadêmico e estilista espanhol, Manel Torres, em parceria com Paul Luckan, especialista em tecnologia de partículas do Imperial College London, foi batizado de Fabrican Spray-on.
Uma vez aplicado na pele com tecnologia aerossol, ele seca instantaneamente, não forma costuras, pode ser lavado e vestido novamente.


O tecido é composto de fibras pequenas, substâncias conhecidas como polímeros --fazem com que as fibras se unam-- e um solvente que permite que ele seja aplicado em forma líquida.

Após a aplicação, que pode ser feita com lata de aerossol ou um spray de alta pressão, o solvente se evapora.

A textura pode ser alterada de acordo com o tipo de fibra usada (lã, linho ou acrílico) e dependendo da forma de aplicação.

MATERIAL FUTURÍSTICO

"Quando comecei este projeto, queria criar um material futurístico, sem costuras, rápido e confortável", disse Torres. "Na minha busca por produzir este tipo de tecido, terminei voltando aos princípios de tecidos mais antigos como o feltro, que também é produzido a partir de fibras e um modo de uni-las sem costurá-las ou tecê-las."

"Como artista, passei meu tempo sonhando com criações únicas, mas como cientista, tenho que me focar em fazer coisas reproduzíveis. Quero mostrar como a ciência e a tecnologia podem ajudar estilistas a criar novos materiais." A moda, no entanto, é apenas um dos usos para a tecnologia.

Torres criou uma empresa, a Fabrican Ltda, com o professor Luckham, para explorar outras aplicações, como bandagens médicas, lenços umedecidos, perfumadores de ar e estofados para móveis e carros.

"A aplicação do tecido borrifado na moda é uma excelente forma de anunciar o conceito, mas também queremos trabalhar com novas aplicações nas indústrias médica, de transporte e química", disse Luckham.

"Por exemplo, o tecido pode ser produzido e mantido em uma lata de aerossol esterilizada, que poderia ser perfeita para fazer curativos borrifados sem aplicar nenhuma pressão, no caso de queimaduras, ou para aplicar remédios diretamente sobre um ferimento", completou.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/bbc/800281-cientistas-criam-tecido-que-e-borrifado-no-corpo-como-um-aerossol.shtml

sábado, 18 de setembro de 2010

Chemicalize.org - busca de química

O Chemicalize.org é uma máquina de procura de informações especializada em química.

Para realizar a procura basta escrever o nome da molécula (em inglês).

Vejamos um exemplo:
O naftaleno (naphthalene). No exato momento em que você termina de digitar o nome, o sistema já apresenta a estrutura logo baixo.

Basta então clicar no botão ´Chemicalize´ e você terá acesso a um extenso número de informações sobre o composto. (clique em open all para ver todas informações)

http://www.chemicalize.org/?mol=naphthalene
 
Ao inserir um link de uma página da internet no campo de buscas, o Chemicalize.org revela os nomes das substâncias em destaque, com exibição das estruturas das moléculas ao passar o mouse sobre.
Um teste feito com a página http://en.wikipedia.org/wiki/Ester, resulta em http://www.chemicalize.org/?q=http://en.wikipedia.org/wiki/Ester

Se você não lembra ao certo o nome da molécula em inglês, basta clicar em ´Draw Structure´ e então desenhar a estrutura para que o sistema faça a busca das informações do composto representado.

Veja em

http://www.chemicalize.org/

Água Pesada ! D2O

O óxido de deutério, que é também chamado de água pesada ou água deuterada, é uma molécula que contém dois átomos de deutério e um de oxigênio (D2O), em uma forma muito semelhante à da água (H2O).
Na água pesada o deutério é um isótopo do hidrogênio, e possui um nêutron e um próton em seu núcleo. Sendo que o hidrogênio contém um núcleo com apenas um próton. E os dois apresentam um elétron.
Este nêutron nêutron a mais no deutério resulta em um diferença no comportamento das moléculas de água pesada, se comparadas à água ´comum´.

Para uma comparação entre D2O e H2O, a equipe do Periodic Videos fez gelo com a água pesada e a água normal, e verificou se o gelo feito com água pesada flutuaria ou não em água comum.

Veja o resultado desta experiência e mais informações no vídeo abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=hUVzb0fzHsk&feature=player_embedded

Fonte:
http://www.emsintese.com.br/2010/agua-pesada/